O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta terça (19/3) que é contra incluir o diesel coprocessado com óleo vegetal na mistura obrigatória ao diesel fóssil. E que, ao apoiar o aumento do mandato exclusivo para o biodiesel, o governo Lula fez uma opção pela geração de emprego e renda, com a ampliação da capacidade da agroindústria nacional.

“É uma nova indústria, uma indústria que nós queremos fortalecer, que gera emprego, gera renda, gera divisas, fortalece a nossa grande vocação de produtores tanto na agricultura familiar, que nós fortalecemos na questão do biodiesel, já na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética [de 2023]”, defendeu o ministro durante entrevista exclusiva para o estúdio epbr durante a CERAWeek 2024, no Texas (EUA).

Silveira fez a declaração um dia após o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, dizer à epbr que vai defender a abertura do mandato do biodiesel para quaisquer rotas tecnológicas que substituam o diesel inteiramente fóssil e, portanto, incluiria o seu óleo coprocessado com biomassa, produto que a companhia desenvolve nas refinarias.

A decisão de privilegiar o biodiesel foi tomada no PL do Combustível do Futuro, após acordo entre o relator Arnaldo Jardim (Cidadania/SP) e o governo federal, mediado pela Casa Civil, de Rui Costa. Prates disse que vai tentar mudar o texto no Senado, onde tramita o projeto.

Na entrevista, Silveira também reforçou o interesse brasileiro na importação de gás natural da Argentina, por meio da Bolívia, e a produção onshore. E que a abertura do setor elétrico provocou um rateio injusto do custo da energia entre os consumidores brasileiros.

Autor/Veículo: EPBR
Published On: 20 de março de 2024

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