18/04/2022
Fonte: CNN
As refinarias chinesas devem cortar a produção de petróleo este mês em aproximadamente 6%, uma escala vista pela última vez há dois anos, nos primeiros dias da pandemia de Covid-19.
A redução vem para aliviar os estoques abarrotados, já que os recentes lockdowns da pandemia reduziram o consumo de combustível, disseram fontes e analistas do setor.
As refinarias devem reduzir o processamento de petróleo bruto em abril em 3,7 milhões de toneladas, ou 900.000 barris por dia (bpd), equivalente a 6,3% da produção média nacional nos últimos números anuais, segundo estimativas de seis fontes e analistas do setor.
A desaceleração da demanda no maior importador de petróleo do mundo ajudaria a arrefecer os preços globais do petróleo, que permanecem acima de US$ 100 após atingirem picos de 14 anos no mês passado, impulsionados em parte por temores de interrupção da oferta após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A queda na demanda também forçou as refinarias estatais a exportar mais combustível de seus estoques cada vez maiores, contrariando os esforços liderados pelo governo para reduzir os embarques ao exterior depois que o conflito Rússia-Ucrânia gerou preocupações sobre o fornecimento.
Prevê-se que as empresas exportem aproximadamente 2 milhões de toneladas de gasolina, querosene de aviação e diesel este mês, disseram fontes, o que também pode permitir que as refinarias chinesas colham os benefícios das margens de refino asiáticas recordes.
Dados alfandegários divulgados na quarta-feira mostraram que as importações de petróleo bruto da China caíram 14% em março em relação ao ano anterior.
As importações foram pressionadas pela deterioração das margens em refinarias pequenas e independentes e pela manutenção sazonal, e com o impacto adicional da queda na demanda, novas quedas são esperadas em abril.