07/04/2022

Fonte: EPR

A Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (06/04), nove nomes apresentados pelo governo para as diretorias da ANP e Aneel.

Na noite de quarta (6), o plenário do Senado Federal aprovou as nomeações de Sandoval Feitosa, Hélvio Guerra, Ricardo Tili e Fernando Luiz Mosna, todos para Aneel. Nova sessão está marcada para quinta (7).

Com a conclusão no Senado, é possível que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) volte a ter seus quadros completos pela primeira desde 2021.

O governo Bolsonaro encontrou dificuldades para definir as indicações, o que envolve a negociação com sua base política no Congresso Nacional.

Chegou a indicar, em 2020, Tabita Cheng, servidora de carreira e assessora da diretoria-geral da ANP, que foi aprovada na CI e ficou mais de um ano aguardando a votação em plenário. Bolsonaro acabou revogando sua nomeação.

Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as articulações estavam mais bem definidas desde o ano passado. As cinco vagas na diretoria da agência poderão ser renovadas entre maio e dezembro deste ano, com novos quadros sabatinados entre ontem e hoje.

A seguir, a agência epbr apresenta o perfil de cada um dos nomes:
Quatro novos diretores da ANP
Claudio Jorge de Souza

Se aprovado em plenário, o quarteto indicado para a ANP completará o quadro de titulares da agência, que vem operando com diretores substitutos desde a saída de Felipe Kury, em 2021.

Claudio Jorge de Souza foi indicado para ocupar, até 2023, a vaga aberta pela saída de Felipe Kury. Souza é concursado da ANP e, atualmente, exerce o cargo de diretor-substituto.

Foi um dos responsáveis pela modernização do BDEP (Banco de Dados de Exploração e Produção) da agência. Inicialmente, a cadeira seria ocupada por Tabita Loureiro, cujo nome chegou a ser aprovado na Comissão de Infraestrutura em 2020.
Daniel Maia

Daniel Maia vai ocupar a vaga deixada pela saída de José Cesário Cecchi. O mandato vai até 2025. Auditor do TCU, é casado com a irmã da esposa de Tiago Cedraz, filho do ex-presidente e atual ministro do TCU, Aroldo Cedraz.

Já foi secretário da SeinfraElétrica (Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura de Energia Elétrica), unidade do TCU responsável por fiscalizar e auditar projetos do setor. Chegou a ser cogitado para a Aneel.
Fernando Moura Alves

Fernando Moura Alves foi indicado para a cadeira vaga pela saída de Dirceu Amorelli, com mandato até 2026. É indicação de confiança de Jair Bolsonaro. Já ocupou diversos cargos no governo.

Advogado, atualmente é secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, de Joaquim Leite. Assumiu o posto após a saída do ex-ministro Ricardo Salles, de quem é próximo. Também trabalhou na pasta de Onyx Lorenzoni, quando o deputado do PL gaúcho foi ministro da Casa Civil.
Symone Araújo

Symone Araújo atuou como diretora da ANP por dois anos, até 25 de março. Será reconduzida, com mandato até 2027. Foi diretora de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME) nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer. Chegou à ANP no governo Bolsonaro.

É indicação do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A recondução correu riscos nas últimas semanas, devido ao interesse de outros políticos pela vaga. Na ANP, como diretora, atuou em discussões de setores estratégicos, como gás natural e fiscalização de combustíveis.

Published On: 7 de abril de 2022

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