O preço do gás liquefeito do petróleo – o popular gás de cozinha – vendido em Alagoas registrou uma variação de até 35,3%, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (4), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a pesquisa, o valor do botijão de 13 kg varia entre R$ 84,99 e R$ 115. Na média, o preço é encontrado em Alagoas a R$ 94,14. Segundo a ANP, em fevereiro, o preço médio do gás de cozinha vendido nos 59 locais pesquisados registrou uma leve alta de 1,6%, saindo de R$ 92,64 para R$ 94,14..
O aumento reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita. Na maior parte dos casos, os estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos.
O aumento foi aprovado em outubro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda. Esse é o primeiro reajuste do ICMS após a mudança do modelo de cobrança sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022.
Anteriormente, o ICMS incidia conforme um percentual do preço total definido por cada unidade da federação. Agora, o imposto é cobrado conforme um valor fixo por litro, no caso da gasolina ou do diesel, ou por quilograma, no caso do gás de cozinha. Na média, o preço passou de R$ 1,2571 para R$ 1,41 por quilo.
Considerando, o valor máximo do gás de cozinha vendido em Alagoas, o trabalhador gasta 8,1% do salário mínimo para adquirir o botijão de 13 quilos.
Quando se trata de gasolina, o brasileiro comprometeu menos renda para abastecer o carro com o combustível no último trimestre do ano passado em relação ao trimestre anterior, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados do Monitor de Preços dos Combustíveis e da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado pela Veloe nesta terça-feira, 5.
Na comparação entre o quarto e o terceiro trimestre de 2023, o indicador que mede o comprometimento de renda recuou 0,2 ponto porcentual, evidenciando um discreto aumento no poder de compra das famílias, que usaram 6,4% da renda para abastecer um tanque de 55 litros com gasolina.
“Na média das capitais, onde o indicador calculado foi 4,1%, recuou também marginalmente no último trimestre”, em 0,1 ponto porcentual, informou a Veloe em nota.
Já na comparação com o quarto trimestre de 2022, o índice registrou alta de 0,5 ponto porcentual. Naquele período, os impostos relativos aos combustíveis haviam sido retirados em plena campanha eleitoral para a Presidência da República. No quarto trimestre de 2021, o brasileiro gastava 8,7% da renda para encher o tanque.

Published On: 6 de março de 2024

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