07/04/2022

O Brasil contará com R$ 3,25 trilhões em investimentos nos próximos dez anos se forem confirmados os projetos previstos no Plano Decenal de Expansão de Energia, o PDE 2031, lançado nesta quarta-feira pelo Ministério de Minas e Energia.

Em cerimônia na sede do ministério, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Paulo César Magalhães, anunciou que o país deve expandir sua matriz energética em 30% até 2031, mantendo a proporção de 50% de fontes renováveis. Ele lembrou que, no mundo, o patamar de energia renovável é de 14%.

Ao discursar na solenidade, o ministro Bento Albuquerque afirmou que o volume total de investimento apontado pelo PDE 2031 considera o cenário de crescimento econômico de 3% ao ano do país. O montante projetado, segundo ele, abarca principalmente R$ 2,7 trilhões do setor de petróleo e gás natural e cerca de R$ 530 bilhões em geração e transmissão de energia elétrica.

Magalhães afirmou que a capacidade de geração de energia elétrica deve crescer 37%, com a potência adicional de 75 gigawatts (GW). Ele mostrou, em sua apresentação, que a modalidade de geração distribuída (GD), onde o consumidor instala equipamento para produzir a própria energia e injeta o excedente na rede, deve expandir em 363%. Outro destaque é a geração solar centralizada, contratada em leilões, que deve crescer 134% até 2031.

Com os leilões programados pelo governo, as linhas de transmissão devem expandir 19%, com mais 33,6 quilômetros de redes de alta tensão até 2031.

No setor de petróleo, o PDE prevê aumento de produção de 2,9 milhões para 5,2 milhões de barris/dia até 2031. Isso representa, destacou Magalhães, expansão de 78%, sendo que as reservas do pré-sal vai representar 80% do todo nível de produção a ser alcançado em dez anos. Com isso, o Brasil deverá subir de sétima para quinta posição de maior produtor e exportador de petróleo do mundo. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: Valor Econômico

Published On: 7 de abril de 2022

Últimas Noticias

Compartilhe este conteúdo!