23/09/2022

Fonte: Aprix Journal

Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa o setor industrial da cadeia de óleo e gás no país, lançou neste ano sua agenda até o ano 2024. Nesse material, o IBP descreve as principais frentes de trabalho da entidade com o objetivo de para pavimentar, de forma competitiva e sustentável, o futuro energético brasileiro.

A agenda destaca que a relevância dos combustíveis fósseis se estenderá por mais algumas décadas, pois são atualmente responsáveis por mais da metade do suprimento energético do planeta, conforme o documento. “Não existe transição energética sem petróleo e gás, inclusive no cenário brasileiro, cuja matriz energética já conta com 48% do suprimento provenientes de fontes renováveis, frente a uma média global que figura na casa dos 14%”, diz Eberaldo de Almeida Neto, presidente do IBP.

O Aprix Journal resumiu os pontos mais relevantes do documento para a revenda de combustíveis. Confira!

O que diz a agenda do instituto

O setor de petróleo e gás natural responde por 46% da oferta interna de energia do país, sendo um importante propulsor da economia nacional. Para o período de 2023 a 2030, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) projeta para o upstream (Exploração e Produção) investimento de US$ 175 bilhões e a geração de 570 mil postos de trabalho diretos e indiretos a cada ano. Em um cenário de transição energética, a indústria continuará a desempenhar papel fundamental no suprimento das demandas de energia da sociedade.

manutenção de um ambiente de negócios que respeite os contratos e as regras de mercado, com preços calcados na oferta e demanda, é essencial para garantir o abastecimento nacional e atrair investimentos. “O Brasil tem que seguir preços de mercado, pluralidade de agentes e liberdade empresarial. São essas boas práticas que garantem o abastecimento dos combustíveis e o crescimento da economia e do setor, gerando empregos e tributos”, afirma Rafael Chaves, presidente do conselho de administração do IBP e diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras.

Vale destacar também que, no Brasil, a indústria petrolífera responde por grande arrecadação para a União, estados e municípios. Nos últimos 11 anos, foram R$ 2,1 trilhões de tributos, ICMS, royalties, participações especiais e bônus de assinatura pagos pelo setor, segundo cálculo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além disso, a indústria de óleo e gás é muito relevante para a balança comercial brasileira. O petróleo bruto foi o terceiro produto mais exportado pelo país em 2021, gerando receita superior a US$ 30 bilhões. Com isso, o Brasil se posicionou como o oitavo maior consumidor e o oitavo maior produtor de petróleo do mundo, no ano passado.

A atuação de agências reguladoras, que buscam por meio de análises técnicas estimular o setor, é fundamental para o constante aprimoramento do ambiente de negócios. “A ANP trabalha em parceria com a indústria. Nossa meta é a mesma: o desenvolvimento do setor. Da nossa parte, cuidamos do arcabouço regulatório. A segurança jurídica, interesse compartilhado com o mercado, é muito importante para atrair investimentos e, com isso, gerar emprego e renda”, afirmou Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ao participar do lançamento da Agenda da Indústria.

Outros tópicos do setor na Agenda da Indústria

— O fortalecimento das agências reguladoras e a implementação, de forma célere, da agenda regulatória prevista para o biênio 2022-23;

— O estímulo à atratividade da exploração e produção em novas fronteiras, áreas de acumulação marginal e campos maduros;

— O aprimoramento do processo de licenciamento ambiental e de planejamento de oferta de blocos;

— O aprimoramento da tributação dos setores de gás natural e downstream, para adaptá-la à nova estrutura de mercado;

— A simplificação tributária no downstream por meio da implantação da monofasia e o combate às práticas de sonegação e de inadimplência;

— O apoio a projetos de tipificação de crimes de roubo e de furto de combustíveis e de lubrificantes;

— O apoio à desverticalização do setor de gás e, consequentemente, à separação entre atividades reguladas e atividades competitivas;

— A defesa da continuidade da desconcentração da atividade de refino, que vai garantir um mercado aberto, com multiplicidade de agentes, modelos de negócio, isonomia e preços alinhados ao mercado internacional.

Published On: 23 de setembro de 2022

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