O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) divulgou o seu 7º Boletim de Preços, publicação que analisa a trajetória mensal dos preços dos principais combustíveis no Brasil (gasolina C, diesel S10, GLP e etanol hidratado), com base nos dados publicados mensalmente pela Agência Nacional de petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Na opinião dos especialistas do Ineep, se não houver mudanças expressivas no quadro de produção e consumo, a estabilidade deve prevalecer nos preços neste mês de dezembro. As mudanças são esperadas a partir de janeiro, quando retornam os tributos sobre o diesel.

O boletim traz um comparativo entre as trajetórias dos preços dos derivados no Brasil com os preços internacionais e os preços de paridade de importação (PPI) calculados pela ANP. Essa edição analisa os dados referentes ao mês de novembro de 2023.

Em novembro, a estabilidade caracterizou os preços dos combustíveis, evidenciando ligeiras reduções na gasolina (1,3%) e no etanol (1,1%), bem como como quedas quase imperceptíveis no diesel S10 (0,3%) e no GLP (0,4%).

Segundo o Ineep, este quadro de constância foi viabilizado pela diminuição nos preços internacionais do petróleo, com o Brent registrando uma queda de 8,4%, e por uma variação pequena na taxa de câmbio, com uma redução de 3,3%.

Preços dos combustíveis acompanham o PPI
A estabilidade também se manifestou na composição dos preços, destacando-se que, em todos os combustíveis analisados – gasolina, diesel S10 e GLP –, apenas dois componentes apresentaram alterações significativas: a margem de distribuição e revenda, e o preço do produtor. As variações mais expressivas foram observadas nas margens de distribuição e revenda da gasolina e do diesel S10, que experimentaram um aumento de 5,3% e uma redução de 7%, respectivamente.

“Na comparação com os preços de paridade de importação, observamos que os preços da gasolina de praticamente todas as refinarias, com exceção da Ream, tenderam a se aproximar do PPI. Em relação ao diesel, apenas a Acelen-BA praticou preços próximos ao do PPI. Nota-se que, pelo quarto mês consecutivo, a Petrobras fixou um valor superior ao PPI para esse produto, e a Ream continuou sendo a refinaria que adota os preços mais elevados e distantes da referência”, destacou a publicação.

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O Instituto foi criado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em 2018 com o objetivo de fomentar pesquisas acadêmicas e fornecer assessoria para os assuntos relacionados à agenda do setor de petróleo, gás e biocombustíveis no Brasil e no Mundo. Para atender a esse objetivo, o Ineep elabora relatórios de pesquisa, livros, palestras, além de atividades de formação, como minicursos e seminários, e de comunicação a partir da elaboração de artigos de opiniões para diversos veículos de imprensa do país.

No final de novembro (27), o PPI calculado pela ANP para a gasolina ficou em R$ 2,82 por litro, registrando uma redução de cerca de 1,1% em relação à última semana do mês anterior (R$ 2,85). As quatro refinarias praticaram preços próximos ao PPI. Ream-AM praticou preço 12,8% acima do PPI, R$ 3,18 por litro, enquanto a Petrobras e a Acelen-BA venderam gasolina ligeiramente acima do PPI, R$ 2,84 e R$ 2,83, respectivamente. Já a 3R Petroleum, que opera a refinaria RPCC (RN), praticou preços um pouco abaixo do PPI, cerca de R$ 2,80 por litro.

Published On: 20 de dezembro de 2023

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