O Brasil quer fugir da dependência dos gigantes econômicos —China e Estados Unidos—, e o Japão é a porta de entrada para novos mercados asiáticos. O movimento tem como objetivo enfrentar a guerra comercial iniciada por Donald Trump.

O que aconteceu
O presidente Lula tem intensificado conversas com países asiáticos. Lula já realizou viagens para o Japão e o Vietnã, num gesto que simboliza a busca por um leque de opções que vá além da China.
A expectativa é firmar acordos e recompor perdas comerciais com os Estados Unidos. Há dois caminhos possíveis: parcerias bilaterais e parcerias entre blocos, o que envolveria o Mercosul.
Tóquio foi o primeiro destino na Ásia porque Japão e Brasil se anteciparam ao protecionismo de Trump. As tratativas entre os dois países começaram no G20, realizado no Rio, em novembro do ano passado. Três motivos foram decisivos para ambos sentarem à mesa de negociações:

Comprometimento com a transição energética;
Relação comercial de longa data;
Balança comercial equilibrada.

A possibilidade de um acordo com o Mercosul se tornou real. A afirmação é de Rafael Cecconello, diretor de Assuntos Regulatórios e Governamentais da Toyota e que esteve na comitiva de Lula ao Japão.
Ele explicou que os dois países sairiam ganhando. Brasil e Japão têm um portfólio de produtos complementar e estão empenhados com a política de neutralidade de carbono.
Em 26 de março, Brasil e Japão assinaram dois memorandos. Eles tratam de combustíveis sustentáveis e da expansão da colaboração industrial entre os dois países.

Mercado aberto para etanol
O setor açucareiro brasileiro será bastante beneficiado. O Japão vai acrescentar 10% de etanol no combustível (E10) até 2030. O percentual vai dobrar na década seguinte. Para ler esta notícia, clique aqui.

Autor/Veículo: UOL
Published On: 14 de abril de 2025

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