Na primeira divulgação do ano para o Boletim Focus, do Banco Central (BC), os economistas do mercado reduziram levemente as expectativas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA) de 2024, de 3,91% para 3,90%. Já a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,52%, enquanto a taxa de juros permaneceu em 9%.

Excepcionalmente, a divulgação do boletim com projeções para os principais indicadores econômicos ocorreu ontem em razão do feriado de ano-novo na segunda-feira.

INFLAÇÃO. A expectativa para a inflação anual ficou praticamente estável no Boletim Focus de ontem. A projeção para 2023 seguiu em 4,46%. Um mês antes, a mediana era de 4,54%. Para 2025, a projeção continuou em 3,5% pela 23.ª semana consecutiva. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também continuou em 3,5%, pela 26.ª semana seguida.

JUROS. Em dezembro passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano.

O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões. Posteriormente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou que essa mensagem vale para dois próximos encontros do comitê: de janeiro e março deste ano.

Segundo o Boletim Focus de ontem, o mercado não alterou suas expectativas: para este ano, a previsão é de que a taxa Selic esteja em 9% no final do ano. Para o fim do próximo ano, a projeção dos economistas para a taxa básica de juros continuou em 8,5% ao ano, patamar em que já se encontrava um mês antes. Para 2026, a projeção também seguiu em 8,50% ao ano pela 22.ª semana consecutiva.

PIB. O Boletim Focus de ontem também manteve a projeção para o PIB deste ano, repetindo a estimativa de crescimento de 1,52%. Em relação a 2025, a mediana seguiu em 2%, mesmo porcentual projetado para 2026. O Ministério da Fazenda revisou em novembro sua projeção para o crescimento do PIB de 2023 de 3,2% para 3%. Para 2024, a estimativa da equipe econômica é de 2,2%.

No Banco Central, a projeção também é de crescimento de 3% para 2023, mas de 1,7% para 2024, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro. No final do ano passado, Campos Neto disse estar mais otimista do que a estimativa apresentada pela própria instituição, que é preparada pela equipe técnica.

Já a estimativa da dívida pública/PIB em 2023 passou de 61,20% para 61,05%.

Autor/Veículo: O Estado de S.Paulo

Published On: 3 de janeiro de 2024

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