10/06/2022
Fonte: epbr
O Conselho Internacional de Aeroportos (ACI World) e o Aerospace Technology Institute (ATI), do Reino Unido, lançaram hoje (9/6) um estudo com um passo a passo para que os aeroportos iniciem sua jornada com os combustíveis de aviação sustentáveis (SAF, na sigla em inglês).
O setor de aviação tem meta de zerar as emissões líquidas de CO2 até 2050 e há um consenso de que o SAF será o principal combustível para chegar lá – pelo menos nesse primeiro momento.
A previsão é de um salto na demanda pelo biocombustível nos próximos anos. Estimativa da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, em inglês) aponta que a demanda global por SAF deve sair de 100 milhões de litros por ano em 2021, para 5 bilhões de litros em 2025.
Tecnicamente, o SAF é drop-in, isto é, idêntico ao querosene fóssil e pode ser usado pelas aeronaves em misturas até 50% sem necessidade de adaptações.
Mas antes de chegar aos tanques dos aviões, há toda uma cadeia para trás que precisa se preparar para a mudança.
A publicação Integração dos Combustíveis Sustentáveis de Aviação ao Sistema de Transporte Aéreo fornece uma visão geral dos requisitos de infraestrutura e operacionais para a introdução de combustíveis de hidrocarbonetos sustentáveis nos aeroportos. Veja na íntegra (.pdf)
E aborda os desafios e soluções práticas para implantar o SAF, desde voos pontuais até às cadeias de suprimentos totalmente integradas.
“Em muitos locais, o uso inicial do SAF começou por meio de voos de piloto. A preparação para esses testes proporcionou oportunidades para avançar na compreensão do SAF como um combustível seguro e promover seu uso, bem como mapear opções de toda a cadeia de suprimentos para colocar o SAF em uso em locais específicos”, diz o estudo.
Exemplos de aeroportos que já completaram este período inicial de facilitação estão em Oslo, na Noruega; San Francisco e Los Angeles, nos Estados Unidos; Toronto, no Canadá e em Londres, na Inglaterra.
“O SAF pode proporcionar a maior oportunidade para reduções de emissões de carbono da aviação até 2050, mas, para que isso aconteça, é necessário que ocorra uma ampliação e colaboração sem precedentes em todo o ecossistema da aviação”, comenta Luis Felipe de Oliveira, diretor-geral da ACI World.
Para o executivo, indústria e os governos devem agir agora para viabilizar o novo combustível.