12/05/2022
A troca do ministro de Minas e Energia nesta quarta (11) foi vista por caminhoneiros como um gesto do governo Bolsonaro para encenar tentativa de mudança diante da crise dos preços dos combustíveis em ano eleitoral.
A mudança foi só para ganhar tempo, segundo a avaliação de Wallace Landim, o Chorão, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) e um dos líderes da greve de 2018.
“Chegamos a uma opinião da maioria de que é só para ganhar tempo”, afirma Chorão. Ele diz ver uma tendência entre os motoristas de desistir da atividade devido à pressão não só no preço do diesel, mas também da manutenção de pneus, óleo lubrificante e graxa.
Plínio Dias, presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), outra liderança da categoria, também não vislumbra a possibilidade de o governo conseguir conter a alta na bomba.
“Se tem um ministro que está lá e não pode resolver, é porque não compete à pasta dele. Por que o outro vai chegar e vai poder? Isso confunde a cabeça das pessoas. Apenas ganha tempo e empurra com a barriga”, afirma Dias. Segundo ele, motoristas de algumas regiões estão cogitando paralisar as atividades, como o Espírito Santo.